Tecnologia de vestir biossimbiótica transmite dados a 24km de distância

Tecnologia de vestir biossimbiótica transmite dados a 24km de distância

Rede de baixo consumo de energia

Já existem vários dispositivos vestíveis no mercado, mas várias tecnologias ainda aguardam nos laboratórios porque a comunicação desses aparelhos de vestir é problemática, ou tendo pequeno alcance ou exigindo baterias que ficam pesadas demais para algo que deveria ser imperceptível.

Por isso impressionou a demonstração feita agora por Tucker Stuart e colegas da Universidade do Arizona, nos EUA.

O aparelho de vestir construído pela equipe consegue enviar dados a até 24 quilômetros de distância, o que é cerca de 2.400 vezes mais longe do que é possível com um roteador de WiFi – e quase sem necessidade de infraestrutura de rede.

Aparelhos ou roupas eletrônicas dotadas de sensores para monitorar sinais biológicos podem desempenhar um papel importante nos cuidados de saúde e no monitoramento de pacientes, fornecendo informações valiosas, em tempo real, que permitem aos profissionais prever, diagnosticar e até tratar uma variedade de condições. A maior parte das aplicações da vida real, contudo, precisa que eles funcionem onde a pessoa vá, e isso exige infraestruturas significativas, como acesso à internet, satélites ou conjuntos de antenas que utilizam os sinais de celulares.

Em contraste, o novo sistema usa uma rede de longa distância de baixo consumo de energia, ou LPWAN (Low Power Wide Area Network), que oferece 2.400 vezes a distância do WiFi e 533 vezes a do Bluetooth. Foi uma ótima demonstração desse tipo de rede, embora o fato de a equipe ter implementado um protocolo proprietário possa diminuir o interesse em seu dispositivo específico.

Juntamente com a implementação desse protocolo, os pesquisadores desenvolveram circuitos e uma antena, que, em dispositivos normais habilitados para o protocolo utilizado é uma espécie de grade que se integra ao dispositivo. Esses recursos eletromagnéticos, eletrônicos e mecânicos permitem enviar dados a um receptor a longa distância.

Para tornar o dispositivo menos intrusivo para o usuário, ele possui um sistema de recarga de suas baterias à distância, com alcance de mais de 2 metros.

equipe chama sua tecnologia de “biossimbiótica”, o que significa que ela é impressa em 3D personalizada para se ajustar ao usuário e permanecer discreta. Usada na parte inferior do antebraço, a “malha” permaneceu no lugar mesmo durante exercícios físicos, além de garantir uma coleta de dados de alta qualidade.

“Nosso dispositivo permite uma operação contínua durante semanas devido ao seu recurso de transferência de energia sem fio para recarga sem interação – tudo realizado em um pequeno pacote que inclui até cálculo integrado de métricas de saúde,” disse o pesquisador Max Farley.

 

CES 2024 Novidades painéis de telefones celulares

A Infinix apresentou na CES 2024 sua revolucionária tecnologia E-Color Shift, permitindo personalização extensa do painel traseiro do celular.

A empresa de tecnologia móvel Infinix revelou hoje (10), na CES 2024, o inovador E-Color Shift. A mais recente tecnologia da marca chinesa permite que os painéis de telefones celulares mudem e mantenham cores vibrantes sem consumir energia.

A tecnologia Infinix E-Color Shift recebeu o prêmio Omdia Innovation Award no ShowStoppers CES 2024 na categoria ‘Tecnologias de Áudio, Comunicações Móveis e Hardware de Entretenimento Residencial’.

infinix

  • A tecnologia E-Color Shift da Infinix, com E Ink Prism 3, revoluciona a personalização de smartphones, permitindo uma extensa personalização do painel traseiro.
  • Essa tecnologia utiliza microestruturas em que partículas de cor carregam cargas positivas e negativas. Ao aplicar diferentes voltagens, o campo elétrico dentro da microestrutura muda, fazendo com que as partículas de cor correspondentes se movam e exibam as cores desejadas.
  • Essa abordagem inovadora permite que a carcaça do telefone mude de cor a qualquer momento, mantendo a exibição sem consumir energia.

ChatGPT projeta robô colhedor de tomates que funciona de verdade

Projetar um robô útil

Engenheiros holandeses e suíços decidiram verificar se, além de escrever poemas, livros, passar em provas ou mesmo fazer revisões falsas de produtos, a plataforma de inteligência artificial ChatGPT poderia ajudá-los em sua própria tarefa: Projetar robôs.

“Queríamos que o ChatGPT projetasse não apenas um robô, mas um que fosse realmente útil,” contou Cosimo Della Santina, da Universidade Tecnológica de Delft, nos Países Baixos.

A equipe selecionou como útil um agrorrobô, um robô que pudesse ajudar no cultivo de alimentos. Conversando com o ChatGPT, eles então tiveram selecionaram o projeto de um robô capaz de colher tomates.

A partir daí, foi a típica conversa entre o interessado e a plataforma de respostas, com o cuidado de seguir sempre as decisões de projeto sugeridas pelo programa, para que se pudesse avaliar melhor como a ferramenta de inteligência artificial pode ajudar a projetar robôs melhores e mais úteis.

Sugestões úteis

O ChatGPT ajudou a especificar o projeto e trouxe melhorias ao robô, sobretudo ampliando as questões envolvidas no projeto para outras áreas de atuação.

“Por exemplo, o programa de bate-papo nos ensinou qual colheita seria economicamente mais valiosa para automatizar,” contou Francesco Stella, da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça.

A ferramenta de IA também apresentou sugestões úteis durante a fase de implementação: “Faça a pinça de silicone ou borracha para evitar esmagar os tomates” e “um motor Dynamixel é a melhor maneira de acionar o robô.”

O resultado dessa parceria entre humanos e IA é um braço robótico que de fato consegue colher tomates em um ambiente de estufa.

Chatgpt projeta robô colhedor de tomatesEngenheiros viraram técnicos

Embora tenha-se falado sobre o cenário mais extremo, no qual a IA forneceria todas as informações para o projeto do robô, e os humanos a seguiriam cegamente, o que se viu nesta pesquisa foi uma abordagem híbrida, ainda que desqualificasse de certa forma o trabalho dos humanos.

O ChatGPT de fato atuou como pesquisador e como engenheiro, enquanto os pesquisadores de carne e osso trabalharam como gerentes do projeto, reservando-se o direito de especificar os objetivos de cada aspecto do projeto.

Segundo a equipe, esse processo de design colaborativo foi positivo e enriquecedor. “No entanto, descobrimos que nosso papel como engenheiros mudou para a execução de tarefas mais técnicas,” disse Stella.

IA que projeta seu próprio corpo

A equipe continuará a usar e melhorar o robô coletor de tomates em suas pesquisas sobre robótica, e também planeja continuar suas interações com o ChatGPT e outros Grandes Modelos de Linguagem (LLM), dos quais ChatGPT é um exemplo, visando projetar novos robôs.

Especificamente, eles estão se voltando agora para a autonomia dos programas de IA para projetar seus próprios corpos: Será que uma ferramenta de IA pode decidir que precisa de um corpo robótico e projetar o que melhor sirva aos seus objetivos?

“Em última análise, uma questão em aberto para o futuro do nosso campo é como as LLMs poderão ser usadas para ajudar os desenvolvedores de robôs sem limitar a criatividade e a inovação necessárias para que a robótica enfrente os desafios do século XXI,” propôs Stella.

Bibliografia:

Artigo: How can LLMs transform the robotic design process?
Autores: Francesco Stella, Cosimo Della Santina, Josie Hughes
Revista: Nature Machine Intelligence
DOI: 10.1038/s42256-023-00669-7

 

Novos recursos do Google tornam os celulares Android ótimos substitutos para carteiras físicas; veja as atualizações anunciadas pela empresa

Nem todas as versões digitais do que está na sua carteira física estão num único lugar no seu celular. Provavelmente, você acessa cartões de convênio, de crédito e de motorista, por exemplo, em aplicativos diferentes. Mas o Google anunciou, nesta semana, atualizações para tornar seu aplicativo Carteira capaz de armazenar tudo isso.

  • O Google anunciou atualizações para seu aplicativo Carteira para permitir que usuários (dos EUA, a princípio) possam guardar mais tipos de “itens” nele;
  • Segundo Jenny Cheng, vice-presidente do Google responsável pelo aplicativo, a empresa está tentando “substituir totalmente todas as coisas que você normalmente teria em sua carteira física”;
  • O primeiro passo da atualização é possibilitar “guardar” a carteira de motorista no app;
  • A atualização vai começar no estado de Maryland e, depois, expandir para Arizona, Colorado e Geórgia;
  • O Google também pretende expandir a capacidade de armazenamento do aplicativo para qualquer coisa com código (de barra ou QR).

Ao fazer isso, disse Jenny Cheng, vice-presidente do Google responsável pelo aplicativo, a empresa está tentando “substituir totalmente todas as coisas que você normalmente teria em sua carteira física”.

Carteira (realmente) virtual

Sempre haverá pessoas que nem sonhariam em deixar suas carteiras em casa. Isso porque há uma certa sensação de segurança sabendo que alguns de seus cartões mais importantes estão guardados com segurança em seu bolso ou bolsa. Mas se você está considerando uma vida em que deixar sua carteira para trás não leva a uma volta rápida para casa, aqui está um guia rápido sobre o que está mudando.

Versões digitais de carteiras de habilitação e identidades se tornaram mais comuns nos últimos anos. Mas ainda estão longe de ser onipresentes. Onde eles existem, geralmente são integrados a aplicativos separados desenvolvidos por estados individuais e parceiros de tecnologia. Porém, isso não impediu alguns dos maiores nomes da tecnologia de tentar dobrar esses IDs diretamente em seus próprios aplicativos.

Para o Google, isso começa no estado de Maryland (EUA), onde todos os moradores podem armazenar uma carteira de habilitação digital na Carteira virtual do Google a partir desta quinta-feira (1º). Existem apenas dois requisitos: o recurso funciona apenas em dispositivos com Android 8.0 ou mais recente e esses dispositivos exigem um bloqueio de tela (PIN ou impressão digital).

 Com o tempo, esse recurso se expandirá para pessoas que moram no Arizona, Colorado e Geórgia, embora exatamente quando as licenças digitais se tornem utilizáveis ​​depende em grande parte de cada estado.
Se o programa de fidelidade do seu restaurante e/ou supermercado favorito não oferecer cartões digitais – ou se você preferir mantê-los em um só lugar no telefone – você poderá tirar fotos de seus códigos de barras e códigos QR e armazená-los no aplicativo Google Carteira. Quando esse recurso for lançado (ainda em 2023), diz Cheng, funcionará para praticamente qualquer coisa que tenha um código de barras.

Além disso, os provedores que fazem parceria com o Google poderão oferecer cartões de seguro digitais que vivem atrás de uma camada extra de proteção. Assim, você terá que inserir seu PIN ou usar sua impressão digital para provar sua identidade mais uma vez antes de exibi-la.

No momento, diz Cheng, a Humana e autoridades tributária, de pagamentos e alfandegária do Reino Unido estão trabalhando para oferecer esses tipos de “passes privados”.

No entanto, se o seu provedor não usar as ferramentas de desenvolvedor do Google, você não poderá importar diretamente seu cartão de seguro físico existente para a Carteira virtual do Google, a menos que tenha um código de barras – e mesmo assim, não ofereceria o mesmo nível extra de proteção que você teria de um passe privado.

Se o seu provedor não oferecer prova digital de seguro, recomenda-se tirar uma foto nítida da frente e do verso do cartão e salvá-la em uma nota bloqueada no aplicativo Notes.

Olhar Digital.

Intel torna a tecnologia mais acessível para pessoas com perda auditiva

A tecnologia é cada vez mais central em todos os aspectos da existência humana. Ela tem o potencial de abrir novas possibilidades poderosas, como ajudar as pessoas a ouvir o que não conseguiriam ouvir sozinhas. Mais de 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo vivem com perda auditiva, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que até 2050 esse número aumentará para mais de 2,5 bilhões de pessoas.

A tecnologia é essencial para ajudar as pessoas com deficiência a viver de forma independente e participar plenamente de todos os aspectos da vida. Dentro da Intel, há um movimento para melhorar a acessibilidade para pessoas com perda auditiva de vários ângulos. Vários projetos estão em andamento para aumentar o acesso a dispositivos assistivos e melhorar sua integração com outras tecnologias.

Os líderes da Intel acreditam que a tecnologia assistiva e a acessibilidade impulsionam a inovação e continuarão a trabalhar para criar uma tecnologia que mude o mundo para melhorar a vida de cada pessoa no planeta

A acessibilidade começa com o acesso e, em grande parte do mundo, o acesso a aparelhos auditivos é proibitivamente caro.

Em colaboração com a Intel e a Accenture, a 3DP4ME está usando a impressão 3D para levar tecnologia assistiva a pessoas em países em desenvolvimento. A 3DP4ME, parceira da Intel RISE Technology Initiative, está atualmente conduzindo seu projeto na Jordânia, fazendo escaneamentos das orelhas de crianças e imprimindo aparelhos auditivos personalizados para elas. A aplicação da impressão 3D aumenta o acesso aos aparelhos auditivos porque é mais rápido e mais barato do que os métodos tradicionais de fabricação.

“Trabalhos anteriores para fornecer aparelhos auditivos para crianças incluíram a fabricação manual de moldes auriculares personalizados. Era um ofício que exigia muito trabalho e você só conseguia fazer quatro ou cinco aparelhos auditivos por dia”, diz Jason Szolomayer, fundador da 3DP4ME. “Houve longos tempos de espera, mesmo depois que as crianças foram testadas. O uso da impressão 3D nos permite ampliar o serviço que oferecemos às famílias e crianças que precisam de aparelhos auditivos”, comentou.

O objetivo é escalar essa capacidade para alcançar milhares de pessoas necessitadas – e, finalmente, democratizar as soluções auditivas em todo o mundo.

O CEO da Intel, Pat Gelsinger, que usa um aparelho auditivo, também está trabalhando para conscientizar sobre a importância da tecnologia acessível.

Melhorando a conectividade do aparelho auditivo com computadores

Como as pessoas usam cada vez mais computadores para atividades sociais, escolares e de trabalho, a tecnologia assistiva deve se integrar perfeitamente aos PCs.

Em colaboração com os principais fornecedores de aparelhos auditivos, a Intel está trabalhando para melhorar a experiência do usuário ao conectar aparelhos auditivos a motebooks. Com a ajuda de funcionários com deficiência auditiva, uma equipe do Intel’s Client Computing Group (CCG) está trabalhando para usar o Bluetooth LE Audio para permitir uma conexão direta entre aparelhos auditivos verificados “Engineered for Intel Evo” e Intel Evo PCs, e para fechar a lacuna de compatibilidade que atualmente limita a capacidade das pessoas de usar seus aparelhos auditivos em seus computadores.

A experiência atual depende de muitos fatores, incluindo o tipo de computador e o tipo de aparelho auditivo, e requer um dispositivo intermediário como um dongle ou caixa dedicada.

Indivíduos que usam aparelhos auditivos normalmente devem participar de reuniões em vários dispositivos, usar legendas para apresentações executadas em uma tela separada e usar um fone de ouvido além do aparelho auditivo. A Intel espera que esta colaboração ajude a melhorar este processo e crie uma conexão sem fio entre aparelhos auditivos e PCs.

Fornecendo uma experiência de áudio mais clara

O Projeto de Acessibilidade CCG da Intel inclui várias iniciativas que vão além da solução de problemas de compatibilidade de aparelhos auditivos. All Ears é uma plataforma de Inteligência Artificial com reconhecimento de ambiente que atua como um assistente de aparelho auditivo Bluetooth LE.

Trabalhar em ambientes compartilhados ou barulhentos pode ser particularmente desafiador para pessoas com deficiência auditiva. Essa tecnologia reconhece sons críticos com os quais o usuário se preocupa e oferece uma notificação visual em sua tela para ruídos que estão acontecendo em seu ambiente, como uma batida na porta ou uma pessoa específica chamando seu nome. Isso permite que o usuário se concentre no que está acontecendo em seu PC enquanto permanece conectado ao som ambiente relevante na sala.

Esses esforços de tecnologia acessível fazem parte do compromisso de longo prazo da Intel com a inclusão. Os líderes da Intel acreditam que a tecnologia assistiva e a acessibilidade impulsionam a inovação e continuarão a trabalhar para criar uma tecnologia que mude o mundo para melhorar a vida de cada pessoa no planeta.

Serviço
www.intel.com

Google anuncia o Bard, sua resposta ao ChatGPT

O CEO do Google, Sundar Pichai, queimou a largada  e anunciou o Bard dois dias antes do Live from Paris, o evento online da empresa focado em IA marcado para esta quarta-feira, 8 de fevereiro.

O chatbot do Google pode ajudar a planejar eventos como um chá de bebê ou dar ideias de refeições a partir do que o usuário tem disponível na geladeira. Imagem: Google/Divulgação
  • O novo “serviço experimental de IA” será capaz de responder perguntas e participar de conversas.
  • O chatbot da gigante de buscas   chega primeiro para um grupo de “testadores oficiais” e será disponibilizado para todos “nas próximas semanas”.
  • O serviço, revelado em uma postagem no blog oficial do Google , é alimentado por “informações da web” e, segundo o Google, pode “fornecer respostas de alta qualidade”.
  • O Bard também consegue responder perguntas sobre eventos recentes, algo que o rival ChatGPT ainda não pode fazer, destacou Pichai.
  • Ainda não ficou muito claro quais serão os outros recursos do Bard, além do uso nas pesquisas. O anúncio meio apressado e a falta de detalhes reforçam os sinais de urgência desencadeados pelo lançamento do bem-sucedido ChatGPT no ano passado.
  • A decisão da OpenAI de disponibilizar o chatbot de graça na web despertou a atenção de milhões de usuários. Embora o Google tenha profundo conhecimento na área de inteligência artificial, a empresa adotava até agora uma abordagem mais cautelosa na hora de compartilhar suas ferramentas com o público.

    A empresa teme uma reação negativa contra modelos de linguagem como o LaMDA, usado no Bard, e o GPT-3.5, que alimenta o ChatGPT, já que ambos podem espalhar conteúdo tóxico e até discurso de ódio, além de afirmar com confiança informações que são falsas.

Unindo o mundo digital e físico

Já estamos vendo uma ponte emergente entre os mundos digital e físico, e essa tendência continuará em 2023. Há dois componentes nessa fusão: tecnologia digital gêmea e impressão 3D.

Gêmeos digitais são simulações virtuais de processos, operações ou produtos do mundo real que podem ser usados ​​para testar novas ideias em um ambiente digital seguro. Designers e engenheiros estão usando gêmeos digitais para recriar objetos físicos dentro de mundos virtuais, para que possam testar em todas as condições concebíveis sem os altos custos dos experimentos da vida real. Em 2023, veremos ainda mais gêmeos digitais, de fábricas a máquinas, carros e assistência médica de precisão.

Depois de testar no mundo virtual, os engenheiros podem ajustar e editar componentes e criá-los no mundo real usando a tecnologia de impressão 3D.

Por exemplo, as equipes de Fórmula 1 atualmente coletam dados transmitidos por sensores durante as corridas, bem como as temperaturas da pista e as condições climáticas, para ver como os carros mudam durante as corridas. Em seguida, eles transmitem os dados dos sensores para gêmeos digitais dos motores e componentes do carro e executam cenários para fazer alterações de design em tempo real. As equipes então imprimem em 3D as peças do carro com base nos resultados de seus testes.

 

Comprovado: Nosso cérebro usa computação quântica

 

Projeto Cérebro Quântico

Nos últimos séculos, os cientistas têm-nos comparado com máquinas e as máquinas conosco – temos uma “maquinaria celular” e computadores são “cérebros eletrônicos”, lembra-se?

Com o advento das tecnologias quânticas, físicos e neurocientistas estão pensando em dar um upgrade nessas comparações.

“Será que nós poderíamos ser computadores quânticos, em vez de meros robôs inteligentes que estão projetando e construindo computadores quânticos?” propõe o professor Matthew Fisher, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara, nos EUA.

E ele vai tentar responder a essa pergunta; não sozinho, mas junto a uma equipe interdisciplinar e interinstitucional que está se reunindo em torno de um projeto multimilionário batizado de Projeto Cérebro Quântico, ou QuBrain (Quantum Brain Project).

  • Computação quântica biológica

Algumas funções que o cérebro realiza continuam a iludir a neurociência – o substrato que “guarda” as memórias de longo prazo, por exemplo, ou mesmo como o cérebro registra, retém e recupera todas as memórias.

A mecânica quântica, que lida com o comportamento da natureza em níveis atômicos e subatômicos, pode ser capaz de dar algumas pistas. E isso, por sua vez, poderia ter grandes implicações em muitos níveis, da computação quântica e das ciências dos materiais à biologia, saúde mental e até mesmo na conceituação do que é ser humano.

A ideia de uma computação quântica ocorrendo em nossos cérebros não é nova. O que Fisher planeja fazer é identificar um conjunto preciso e único de componentes biológicos e mecanismos chave que possam fornecer a base para o processamento quântico no cérebro.

Projeto Cérebro Quântico: Somos computadores quânticos biológicos?

As mudanças trazidas pelo Metaverso podem impactar, na prática, em diferentes setores

Especialistas discorrem sobre as oportunidades que o espaço de imersão virtual pode proporcionar ao mercado de finanças, energia, e-commerce e educação.

Depois que empresas bilionárias como Nike, Ralph Lauren e Meta (antigo Facebook) decidiram reforçar seus investimentos em Realidade Virtual e Aumentada, o assunto é um dos mais comentados no mundo tecnológico. Estudo global publicado pela McKinsey, aponta que grandes empresas, fundos de venture capital e private equity já investiram mais de US$ 120 bilhões em negócios ou ativos no Metaverso, apenas nos primeiros cinco meses de 2022 — mais do que o dobro de tudo que foi investido em 2021. Segundo João Kepler, CEO e fundador da venture capital mais ativa da América Latina, a Bossanova Investimentos, o valor mostra que, sendo o futuro da internet ou não, o mercado tem interesse no setor. “No momento, é tudo especulação em relação a como a cultura irá receber essa ferramenta, mas é um movimento importante de fazermos, porque essas marcas irão atrás de popularizá-la, assim como o Facebook fez com as redes sociais”, comenta Kepler.

Novo jeito de comprar deve mudar processos logísticos
As mudanças trazidas pelo Metaverso podem impactar os processos que envolvem a logística por si só, como por exemplo a possibilidade de turbinar treinamentos operacionais e de Compliance, já que a logística tradicionalmente tem o maior turnover dentre os departamentos de uma empresa. Porém, o maior impacto deve se refletir no e-commerce. Segundo Marco Beczkowski, diretor de vendas e CS na Manhattan Associates, empresa global em soluções para a cadeia de suprimentos, algumas mudanças devem vir com o aumento das vendas no ambiente virtual. “Entre os principais impactos que poderemos ver cito a redução em certos tipos de devolução como moda, acessórios e decoração, já que será possível experimentar virtualmente qualquer produto antes de realizar a compra. Além disso, haverá uma maior tendência de personalização, Dado que as pessoas vão querer materializar looks criados exclusivamente para o Metaverso, o que deve aumentar o uso de impressão 3D. Eventualmente esse processo poderá ser feito nos próprios centros de distribuição para evitar maiores custos logísticos”, explica.

Poder da simulação vai acelerar inovação no setor elétrico
A disponibilização de novos serviços, com dispositivos e plataformas cada vez mais ágeis, vai exigir um suporte de infraestrutura de rede. “No setor de energia elétrica, um dos principais pontos de mudança é o aumento no tráfego de Dados. Com mais equipamentos conectados e funcionando em alta velocidade, a necessidade de respostas mais rápidas será primordial”, explica Danilo Barbosa, vp executivo na Way2, especializada em medição e gerenciamento de Dados de energia para empresas, usinas e distribuidoras.

A rede 5G, que começou a ser ativada no Brasil neste ano, deve facilitar as experiências imersivas no mundo virtual. Com conexões 20 vezes mais rápidas que o 4G, possibilidade de manter mais aparelhos simultaneamente na mesma rede e tempo de resposta entre dispositivo e servidor muito menor, o 5G vai possibilitar essa troca de informações de forma mais ágil e eficaz. “Além desse suporte, um leque vai se abrir para as empresas de todas as áreas, assim como as de energia. O poder da simulação, por exemplo, pode acelerar a inovação para o setor”, explica Barbosa.

Processo de aprendizagem mais atrativo
A prática de lifelong learning já é entendida pelo mercado como essencial para a formação de um bom profissional. Com a aproximação maior entre o físico-digital que o Metaverso proporciona, a educação ganha o potencial de se tornar imersiva e prática, o que pode fazê-la mais atrativa para os estudantes — principalmente aqueles da Geração Z, que já nasceram com autonomia e curiosidade frente à tecnologia. Há muitos benefícios que o Metaverso traz para o processo de aprendizagem, mas é preciso ter os pés no chão. É o que argumenta Leandro Herrera, CEO e fundador da Tera, plataforma de educação online e ao vivo para profissões digitais. “Passaremos a ser mais ativos no nosso próprio ensino, mas é importante ressaltar que a implementação do Metaverso no setor não é a realidade da educação brasileira, onde as escolas públicas ainda sofrem para disponibilizar amplo acesso à internet. O Metaverso é uma possibilidade de longo prazo”, explica Herrera.

Fintechs podem aproveitar aumento no volume de Dados
As possibilidades que o Metaverso oferece impactam diretamente o setor financeiro, afinal é um espaço onde negócios são realizados. O pagamento de serviços, a compra de produtos e investimentos acontecem assim como em ambientes comuns da “vida real”. Tecnologias descentralizadas, como o Blockchain e os NFTs (tokens não fungíveis), por exemplo, têm se destacado na discussão. Ao mesmo tempo, o Banco Central tem promovido discussões sobre como o ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi), NFTs e o Metaverso podem ser integrados à plataforma do Real Digital. Para Felipe Santiago, CEO da CashWay, techfin que oferece soluções Banking as a Service focadas em atender as demandas de Instituições de Pagamento e Financeiras, um dos pontos a ser observado dentro deste contexto é o aumento no volume de dados transacionados. “Há um número gigantesco, e que deve aumentar ainda mais, de Dados percorrendo este espaço de imersão virtual. Para as instituições do mercado financeiro, eles são muito valiosos”, explica. Segundo ele, a facilitação de acesso aos dados dos consumidores e das empresas gera mais transparência e pode facilitar investimentos e negócios.

Aderindo ao metaverso com segurança no meio digital
Quando uma mudança tecnológica ocorre, sempre surge uma preocupação com a segurança. É o que diz Fabiano Garcia, CEO da Mediasoft, empresa especializada em experiências com Realidade Virtual, aumentada e estendida, e um dos especialistas convidados do HostGator Academy — plataforma de cursos educacionais da multinacional de hospedagem de sites HostGator, na temática do Metaverso.

O executivo salienta que, junto com inovações tecnológicas surgem sempre tendências de fraudes e falsificações, porque enquanto todos estão fascinados com a novidade, hackers procuram por vulnerabilidades e uma forma de passar despercebidos.

“A identidade é a primeira coisa a ser atacada. O phishing pode aparecer no Metaverso em forma de um avatar, de um caixa em um lobby de banco virtual, ou uma réplica do seu diretor convidando para uma reunião virtual. Por isso, os mesmos cuidados que se tem no uso da internet devem ser replicados no Metaverso. O primeiro passo é entender o que é o Metaverso, e para isso é preciso se educar. Existe uma curva de aprendizado que passa da empresa para seus consumidores”, aponta Fabiano.

Ele ainda sublinha que a entrada no Metaverso tem que ser coerente com a estratégia da empresa, sua comunicação e relacionamento com a marca. “Uma estratégia mal planejada pode criar custos desnecessários e ter efeito contrário e prejudicial à imagem da empresa”.

Gilberto Martini, fundador da Invirtuoos, empresa que desenvolve soluções e conteúdo para Arquitetura e Construção no Metaverso, também participante do HostGator Academy, destaca que todos os Dados dos usuários são armazenados nos servidores da empresa detentora do Metaverso. Como estes dados serão usados vai depender da política de uso e compartilhamento de Dados.

“No Brasil, a LGPD obriga as empresas que armazenam Dados de usuários a informarem como os Dados são tratados e compartilhados. O usuário, antes de acessar o Metaverso ou qualquer outra aplicação com ambiente virtual, deve aceitar ou não compartilhar seus Dados”, informa.

Nos “Metaversos” que usam uma criptomoeda, diz Gilberto, a segurança é muito maior. Isto porque o usuário tem uma carteira digital, que por meio da tecnologia de tokenização, atualmente, é considerada impossível de fraudar.

 

UE aprova carregador único para vários dispositivos eletrônicos

A partir do outono de 2024 passará a existir na União Européia um único carregador USB-C universal para telemóveis, tablets, livros eletrónicos, câmaras digitais, consoles de jogos.A UE decidiu impor um único carregador universal tipo USB-C para todos estes utensílios que nos acompanham nas nossas vidas na era digital.

Mas ter um único carregador para todos os aparelhos não é a única vantagem. A proposta da Comissão Europeia, que agora pôs de acordo Parlamento Europeu e o Conselho Europeu, visa harmonizar os dispositivos e sobretudo reduzir as 11.000 toneladas de resíduos eletrónicos anuais.

O Comissário Europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, disse em conferência de imprensa: “Esta nova regra poupará mais de 1.000 toneladas de resíduos eletrônicos por ano, Conseguem imaginar? Com um único regulamento? Isto, para além de uma enorme redução anual de CO2. Isto equivale a 10 milhões de smartphones e 2600 toneladas de matéria-prima. E sabemos que hoje em dia, mais do que nunca, a matéria-prima é crítica”.

O projeto de regulamento foi lançado pela Comissão em 2009, mas até agora tem encontrado forte resistência por parte da indústria, apesar de a variedade de carregadores existentes ter sido grandemente reduzida ao longo dos anos. Passou de 30 tipos diferentes para três: o Micro USB, utilizado na maioria dos telemóveis, o mais recente USB-C e o Lightning utilizado pela Apple.

Esse pacto, contudo, expirou em 2014 e em setembro passado o executivo da UE lançou uma nova proposta que veio hoje a ser concretizada, num acordo que terá ainda de ser formalmente ratificado pelo Conselho da UE – a instituição que representa os países – e pelo Parlamento Europeu.

Por enquanto, o carregador único não será compatível com computadores portáteis, relógios eletrónicos ou dispositivos que medem a atividade física, por razões técnicas tais como o seu tamanho.

Grupos de consumidores, embora acolhendo favoravelmente o plano da UE, lamentaram que o mesmo não abrangesse os sistemas de carregamento sem fios em rápido crescimento.