Processador ARM: o que é e onde encontrar?

Intel e AMD são as duas maiores fabricantes de CPUs para computadores de mesa, com seus modelos topo de linha despontando entre os melhores desempenhos. Porém, temos um novo jogador entrando na disputa: o processador ARM!

Mesmo não sendo tão conhecido, se você possui um celular Android ou um iPhone, as chances de estar utilizando CPUs desse tipo são grandes.

Neste post, entenda o que é um processador ARM e por que ele pode revolucionar os computadores e notebooks. Confira!

O que é um processador ARM?

Na verdade, o termo “processador ARM” se refere a um tipo de CPU, desenvolvido por uma empresa chamada ARM.

Trata-se de uma empresa britânica, que cria os designs dos núcleos de processamento e vende para outras fabricantes, como Apple e Microsoft, que os utilizam para desenvolver suas próprias CPUs.

A principal vantagem desse processo é que, ao invés de comprar um processador pronto, como um Intel Core i5, e depois criar o software compatível com esse chip, a fabricante consegue desenvolver também o chip.

Isso faz com que seja possível criar programas que aproveitam melhor o hardware que os opera, que também será adequado às necessidades específicas de cada produto.

As principais características de um processador ARM

Os processadores ARM funcionam de forma diferente, quando comparados às CPUs tradicionais, chips da Intel e AMD. Como característica principal, possuem conjuntos de instruções complexas, capazes de realizar tarefas pesadas com facilidade.

Conhecidos como x86, esses processadores, em contrapartida, exigem mais energia para funcionarem, além de gerarem uma quantidade considerável de calor. É comum, por exemplo, verificarmos a presença de coolers em CPUs de desktop.

Esse tipo de tecnologia, que vem sendo trabalhado há muito tempo, é ótimo para computadores de mesa, que não precisam se preocupar com excesso de calor ou consumo de energia.

Por outro lado, um processador ARM utiliza uma arquitetura de instruções reduzida, com menor poder de processamento, a princípio. O foco dessas CPUs é justamente reduzir o consumo de energia e a geração de calor.

Eles são ótimos para dispositivos móveis, nos quais não é necessário ter tanto poder de processamento. A prioridade é a eficiência da bateria e temperaturas de funcionamento baixas (ninguém gosta de um celular quente na mão).

Onde é possível encontrar um processador ARM?

As empresas mais famosas por utilizarem a tecnologia do processador ARM são Apple e Qualcomm. A primeira possui os modelos de chips A, presente nos iPhones e iPads, enquanto a última desenvolve os processadores da série Snapdragon, presentes em muitos celulares Android topo de linha.

Nos últimos anos, vivenciamos um aumento na produção de celulares e outros acessórios inteligentes, como relógios inteligentes – smartwatches – e assistentes domésticos, como Amazon Echo, Google Home e Apple HomePod.

Tudo isso contribuiu para a popularidade dessa tecnologia, mas estamos chegando em um momento interessante da história das CPUs, pois os processadores ARM, cada vez mais, estão crescendo em poder de processamento.

Acessórios inteligentes, com telas menores e softwares menos exigentes, aproveitam-se da arquitetura dos processadores ARM para economia de bateria.

Pessoa utilizando um smartwatch (relógio inteligente).

Em 2017, os primeiros notebooks com processadores Snapdragon foram lançados, com promessas de autonomia de bateria próxima de 25 horas de uso e performance se aproximando das CPUs tradicionais da Intel.

A tendência tecnológica de notebooks que se convertem em tablets, separando-se dos teclados, também contribuiu para a adoção da CPU ARM.

Outro indício de que a tecnologia do processador ARM está em evolução são os chips de celulares da Apple. A cada lançamento, eles se demonstram mais poderosos, mesmo com aparelhos sem as maiores quantidades de núcleos ou memória RAM.

Portanto, é possível que estejamos diante de uma mudança grande no padrão de CPUs para notebooks, que também se beneficiam de maior eficiência de bateria e temperaturas mais baixas de operação.

 

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