Telemedicina a crescer

A pandemia levou-nos a uma utilização e dependência das novas tecnologias sem precedentes.

A inovação nos cuidados de saúde, por exemplo, foi intensamente escrutinada neste GITEX, onde ficámos a conhecer melhor a telemedicina.

Shamim Nabuuma Kalilsa lidera o Chil AI Lab, uma empresa médica especializada em oncologia, e explicou-nos ter havido “um aumento de serviços de telemedicina porque antes as pessoas tinham de se deslocar aos hospitais, marcar consultas com os médicos e realiza-las em presença, mas com os confinamentos teve de se adotar esta tecnologia de consultas à distância”.

“É uma mudança e as pessoas estão a adaptar-se”, garantiu-nos Shamim Nabuuma Kalilsa.

Ficámos também a conhecer neste GITEX 2020 as propostas da Etisalat, uma empresa de telecomunicações dos Emirados Árabes Unidos com um departamento dedicado à monitorização da saúde à distância.

O estratega clínico Prateek Sardana mostrou-nos “uma solução de saúde interligada a casa” na forma de “uma plataforma de dados orquestrados que recolhe informação de diversos sensores existentes pela casa e os integra em algumas das soluções mais inovadoras como a telemedicina.”

Prateek deu-nos os exemplos de um glicosímetro, que “capta os valores de açucar no sangue e os transmite depois em tempo real para o painel da plataforma”, e um oxímetro de pulso, que “mede a saturação de oxigénio no sangue e fornece dados muitos relevantes nestes tempos de Covid”, salienta.

O estratega da Etisalat acrescenta que os dados recolhidos pelos sensores existentes na casa do paciente são depois “integrados no sistema de registo médico eletrónico de um hospital”. “Se mostrar um alerta, por exemplo de um ritmo cardíaco irregular, o médico pode convocar esse paciente para uma consulta em presença ou até chamar uma ambulância”, explicou Prateek Sardana.

Algumas das inovações que aqui descobrimos podem salvar vidas, mas há outras que não devem chegar às mãos erradas.

Pablo Holman diz que o mais preocupante “são as decisões humanas”. “Cabe a cada um de nós decidir o que é importante. Temos de ser muito claros nos nossos princípios. O que é que nos preocupa? Que mundo queremos? Que tecnologias nos podem ajudar a cria-lo?”, lançou o informático, que também fez fama como “pirata” na rede global.

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